"Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou."
Carl Gustav Jung

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

HISTÓRIAS...


"HISTÓRIAS...podem ensinar,corrigir erros,iluminar o coração,
oferecer um abrigo psicológico, promover mudanças e curar feridas..."
(Clarissa Pínkola Estés no livro Mulheres que Correm com os Lobos)

        A importância do ato de contar histórias não tem uma origem conhecida. Pelo que sabemos, o ser humano sempre sentiu uma necessidade imperiosa de relatar o que via, o que conhecia, o que imaginava. 
  Desde a arte rupestre, termo dado às mais antigas representações artísticas conhecidas, algumas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.), que eram gravadas em abrigos, cavernas, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, percebemos esse impulso em retratar, de algum modo, a interpretação humana do que o cercava.
  Com o desenvolvimento da linguagem, vieram as histórias contadas ao redor das fogueiras, e bem mais tarde, das lareiras. E com o surgimento da linguagem escrita, chegamos aos nossos amigos tão conhecidos, os livros. 
    Mas, toda a criança que teve a sorte de ser presenteada com uma mãe, um pai, ou mesmo uma avó que lhe contasse histórias na hora de dormir, sabe que nada supera esse prazer!
    Infelizmente, nos últimos anos, são cada vez menos adultos que reconhecem a importância de contar histórias para as crianças. A internet e a televisão substituíram esse momento, afinal, é muito mais fácil deixar que as crianças assistam o que querem, não é? Porém, o que essas mesmas crianças perdem em termos de imaginação e criatividade?
     Não há comparação possível entre assistir um desenho pronto, completo, mesmo com toda a tecnologia atual, e ouvir uma boa história, contada com cuidado e carinho, permitindo que os pequeninos imaginem, sonhem, criem cenários fantásticos e seres estapafúrdios em suas mentes, e interajam com a história, perguntando, sugerindo, representando, mudando-a a cada noite, enquanto elaboram, através dessas histórias e vivência, suas questões mais profundas. Sem deixar de lembrar que, enquanto isso, o vínculo com a pessoa que conta a história é fortalecido, renovado, e a relação de confiança e companheirismo se estabelece com muito mais intensidade do que aconteceria se, enquanto a mãe assiste a novela em uma sala, o pai assiste o futebol em outra, e a criança, sozinha em seu quarto, assiste seus desenhos!
      Tentem contar histórias aos pequeninos. Experimentem essa fantástica ferramenta de comunicação.Funciona, podem acreditar! Palavra de quem teve a sorte de ter uma maravilhosa mãe "Contadora de Histórias" na infância. Muito obrigada por isso, mamãe Eurides!
      

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