"Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou."
Carl Gustav Jung

terça-feira, 27 de março de 2012

ANIVERSÁRIOS

    "Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der."  Carl Gustav Jung

    A frase acima nos traz uma questão fundamental; qual é a minha resposta, e não a que o mundo me dá?
    Ao nascermos, somos uma pergunta, uma incógnita, um mistério a ser revelado. Ao olhar para um bebê, alguns enxergam uma tela em branco, a espera de ser preenchida pela meio em que vive, com suas impressões, preconceitos e projeções. Não nego aqui a importância do ambiente, mas o que eu enxergo ao ver uma criança que acaba de nascer é diferente.
    Nos olhos de um bebê eu enxergo possibilidades inesperadas, sonhos ainda não sonhados, anseios inusitados...eu enxergo o novo! E acredito firmemente que cada criança que nasce nos traz uma resposta própria, surpreendente e fascinante para o mistério que ela representa.
    Hoje, dia 27 de março, meu aniversário, é o dia de repensar o meu próprio mistério. Que resposta estou dando ao mundo? Por esse motivo, a cada aniversário, eu não comemoro os anos que já vivi, mas, sim, comemoro o primeiro ano do resto da minha vida! Adoro a sensação de incógnita, o desafio mental de fornecer uma resposta nova a cada ano que se inicia. Quem sou eu? O que faço aqui? Minha realizações têm todas a minha marca? Meus sonhos, projetos e idealizações estão sendo alcançados?
    Convido vocês, meus amigos, a aproveitarem a oportunidade e refletirem, repensarem, e estabelecerem suas próprias respostas. Hoje é o primeiro ano do resto da minha vida...mas, também pode ser o seu!

domingo, 25 de março de 2012

Lançamento De Livro


    Mantendo o compromisso desse blog, que é divulgar tudo aquilo que possa nos enriquecer, compartilho com vocês o lançamento do livro "Quem tem medo do Dr. House".
    Irene Gaeta Arcuri, uma das colaboradoras, foi minha professora, e é doutora em Psicologia Clínica PUC-SP, coordenadora do curso de Pós-Graduação em Psicoterapia Junguiana UNIP e do curso Corpo e Arte - na segunda metade da vida segundo Carl Gustav Jung na PUC - SP (COGEA).
    Após lê-lo, espero ter o prazer de discutir e trocar idéias a respeito.



    Segundo Lu Magalhães, "o livro 'Quem tem medo do dr. House?' traz nove artigos que propõem uma nova reflexão sobre aspectos da personalidade intrigante do médico Gregory House. As autoras, estudiosas de Carl Gustav Jung, não dissecam ou diagnosticam House; desnudam, ao melhor estilo House, a personalidade complexa e paradoxal do médico."
   

sexta-feira, 23 de março de 2012

Livro da Semana - As Marcas da Alma

    A dica de livro da semana é o inspirador "As Marcas da Alma -  Descobrindo a Sua Identidade Espiritual", de Marc Gafni.
    Filósofo, professor, e rabino, o autor nos leva a identificar as marcas de nossa alma, o que nos faz únicos, o que nos diferencia de todas as outras pessoas através da Cabala, de filmes e livros vários, e até mesmo através de suas experiências pessoais. O livro nos traz uma reflexão profunda e importante, sobre quem somos, quais são nossos valores, e para onde pretendemos ir.
    Vivemos a época da globalização, o que facilita nossa vida em ínumeros aspectos e amplia a nossa visão do mundo. O outro lado disso é como a mesma facilidade de comunicação que nos possibilita enriquecimento intelectual, também nos torna clones de padrões de imagem ou pensamento. Muitas pessoas, buscando ser aceitas e integradas em nossa sociedade competitiva, passam a imitar a aparência e os comportamentos de outros, sem sequer pensar se aquela é a sua verdade. Em meu consultório, já deparei com ínumeros casos nos quais a questão primordial é a pessoa não estar feliz com sua vida e suas escolhas, mas não ter a mínima idéia do que gostaria de mudar. Isso quando não há apenas uma sensação de insatisfação intensa, uma angústia constante e não identificável pelo paciente.
     A beleza de "As Marcas da Alma" é o quanto nos conduz, gentil e firmemente, a uma reflexão que não permite e não busca espelhar-se em padrões. Ao contrário, o tempo todo você é conduzido a uma jornada de conhecimento, aceitação e valorização de suas particularidades, as marcas únicas que o fazem ser quem é.


   
    "Em as marcas da alma, usaremos fontes do mito bíblico de uma maneira semelhante à que o psicólogo Carl Jung tratou os vários mitos do mundo. Jung estava particularmente interessado no mito grego. Ele compreendeu a verdade óbvia de que os mitos não são (e nunca tiveram a intenção de ser) relatos históricos ou científicos da realidade. Os mitos são uma interpretação psicológica profunda da natureza de nossa jornada no mundo." Marc Gafni

Editora Sextante

quinta-feira, 15 de março de 2012

O peso da sociedade

    Ontem assisti novamente ao filme Hair Spray - Em Busca da Fama, direção de Adam Shankman. Conforme os créditos finais passavam, fiquei pensando no significado que um filme musical, tão leve e sem pretensões, pode ter na vida das pessoas.                                                          
    Posso passar dias escrevendo sobre filmes cult de diretores alternativos,que são os meus preferidos, e com certeza farei isso em outra ocasião. Porém, nesse momento, a mensagem pura e direta de Hair Spray me encanta muito mais. É um protesto bem humorado aos preconceitos vários que pipocam na nossa sociedade, e embora seja uma história passada na Baltimore dos anos 60, o tema principal acontece todos os dias, inclusive aqui, no Brasil.
    Não, eu não estou falando do racismo. Embora ele tenha importância no filme, e seja um tema relevante em qualquer momento, hoje eu quero falar do preconceito que sofrem as pessoas que estão acima do peso, principalmente as mulheres. A heroína de Hair Spray é Tracy Turnblad, interpretada por Nicole Blonsky, uma adolescente gordinha, interessante, bonita, talentosa, que encara toda a discriminação que sofre por não ter o padrão de beleza adequado com uma confiança que faria inveja a muita gente. 
     Atualmente, a ditadura da magreza se tornou uma questão tão séria e controversa que até profissionais de saúde vêm cedendo ao preconceito social em detrimento do desejo ou bem estar do paciente. Indicações de remédios para emagrecer sem critério, pseudo-terapeutas que dizem que a pessoa é "gorda por falta de auto-estima", reality shows que humilham pessoas acima do peso durante o processo de emagrecimento, celebridades que fazem questão de posar nas capas de revista dizendo quantos quilos perderam...e o número de anoréxicas e bulímicas subindo cada dia mais!
   As mulheres tentam tanto se adequar ao padrão estabelecido, que perdem a referência de seus próprios corpos, de seu próprio prazer de comer, dançar e amar sem culpa. Quando uma mulher está acima do peso, todos se sentem no direito de comentar, indicar dietas, olhar para o seu pedido em um restaurante com um olhar de reprovação. Vendedoras são rudes e irônicas nas lojas e a mulher se encolhe, se culpa, ao invés de chamar o gerente e apresentar uma queixa pelo desrespeito.
     Talvez, por tudo isso, assistir a Hair Spray seja tão prazeroso. A jovem Tracy não está interessada em mudar o que ela é. Ela não quer e não tenta emagrecer e se adequar ao que se espera em nenhum momento. Ela apenas mostra seu talento, é honesta em relação aos seus valores, e seduz o galã juvenil Link, interpretado por Zac Efron, com a sua autenticidade, seu sorriso contagiante, e seu ritmo impecável. Dançando e cantando o filme todo, a atriz mostra energia e felicidade em ser ela mesma...e nada é mais sedutor do que isso! No momento atual, nessa era da ditadura de padrões irreais de beleza, penso que todas nós precisamos de uma dose da adorável Tracy Turnblad!
     

segunda-feira, 12 de março de 2012

Livro da Semana - As Cinco Linguagens do Amor

    A dica do livro da semana é "As Cinco Linguagens do Amor - Como expressar um compromisso de amor ao seu cônjuge", de Gary Chapman.
    A partir da própria experiência em aconselhamento de casais, o autor demonstra que o amor se expressa e é compreendido através de cinco manifestações diferentes: qualidade de tempo, toque físico, dar e receber presentes, formas de servir e palavras de afirmação.
    Essa linguagem pessoal do amor seria aprendida na infância. Conhecendo a nossa própria e prestando atenção para descobrir qual seria a de nosso parceiro, muitos abismos de comunicação podem e são superados.
    Ler esse livro tranformou a minha maneira de enxergar o amor, e ao utilizá-lo no meu trabalho e recomendá-lo aos meus pacientes, pude perceber efeitos quase imediatos. Posso dizer, sem o menor receio de parecer piegas, que acredito e sempre acreditei que o amor pode mover o mundo. E é gratificante descobrir que pequenas mudanças, perfeitamente possíveis, podem recuperar casamentos e transformar vidas.
   

Editora Mundo Cristão    

sábado, 10 de março de 2012

Parabéns pela semana da mulher!

    Eu me orgulho de ser mulher! É algo que carrego comigo talvez desde sempre, essa alegria imensa de ser o que sou. Ainda criança, recordo bem, adorava me olhar nos espelhos, adorava a sonoridade do meu nome, adorava o fato de ter nascido mulher.
    Nunca invejei o masculino, como algumas coleguinhas de escola, nem tive vergonha do meu corpo, ou acreditei na tal história de Eva, que conta que através da mulher o mal chegou ao mundo. Do catolicismo, o que herdei foi um saudável respeito pela mãe de Jesus, a forte e bondosa Maria, e uma admiração irrestrita pela grandiosa Joana D'arc. Mulheres muito a frente de seu tempo, cada uma a sua maneira, ambas moldaram muito da minha noção do feminino. Aprendi com elas que há que ser forte, porém a força pode se apresentar de diversas maneiras, e nenhuma delas tem mais ou menos valor. Uma mulher com uma espada na mão, outra com o filho nos braços, e ambas podem enfrentar o mundo!
    Uma mulher selvagem é aquela que conhece a própria matilha, o próprio uivo, a própria força. Esteja essa força em parir ou adotar um filho, montar um negócio, gerenciar uma empresa, dançar, salvar animais, pintar um quadro, ou ainda em todas as alternativas anteriores, uma mulher selvagem se reconhece, e é brilhante naquilo que faz. Seja ela jovem ou velha, branca ou negra, dona de casa ou astronauta, ela merece a minha admiração. Pois ela sou eu, você, e todas nós!
"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
Clarissa Pínkola Estés

segunda-feira, 5 de março de 2012

Dica do livro da semana - As Deusas e a Mulher

    "As Deusas e a Mulher", um livro de Jean Shinoda Bolen, aborda a psicologia feminina através dos arquétipos das deusas gregas.
     Atena, a filha nascida do cérebro de Zeus, deusa da estratégia e da sabedoria; Héstia, a deusa da lareira e do fogo sagrado; Ártemis, a deusa da caça, irmã gêmea de Apolo; Afrodite, a deusa do amor; Deméter, a deusa da agricultura e da maternidade; Hera, a rainha dos deuses, a deusa do casamento; e por último Perséfone, a única deusa que tem duas fases, conhecida como Coré, a jovem, e mais tarde como a Rainha do Mundo Inferior.
     A autora nos conta o mito de cada deusa, sua importância como arquétipo, e, o mais importante, mostra como cada mulher pode se identificar com cada uma delas em fases diferentes da vida. E esse reconhecimento nos leva a uma percepção profunda de quem somos, quais são nossas forças e fraquezas, e como trabalhar para superar nossas próprias limitações.
    Um livro imperdível para psicólogos, mas também para mulheres em geral. E para os homens que buscam compreender melhor suas mulheres.
    Editora Paulus.